Sou tímido, é verdade
Nunca fico à vontade
Qualque "olá", pra mim
É invasão de privacidade
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Nós (ou Corda)
O plural de eu é eus, não nós.
Então é melhor se soltar
E fazer um singular.
Ah, deixa disso,
meu bem!
Desamarra a cara,
O que é que tem?
É bom demais ser livre
Pra se amarrar
em alguém.
Já me prendeu, não solta!
Não dá pra ter eus
só comigo.
Eu sempre te dou corda
Então, se concorda,
Sejamos nós mais
Que amigos
Mas quando eu penso te ver
Desenrolada,
Que nada!
Eu sempre me embaraço:
Você só quer
um abraço!
Continuamos só nós,
sem laços.
Então é melhor se soltar
E fazer um singular.
Ah, deixa disso,
meu bem!
Desamarra a cara,
O que é que tem?
É bom demais ser livre
Pra se amarrar
em alguém.
Já me prendeu, não solta!
Não dá pra ter eus
só comigo.
Eu sempre te dou corda
Então, se concorda,
Sejamos nós mais
Que amigos
Mas quando eu penso te ver
Desenrolada,
Que nada!
Eu sempre me embaraço:
Você só quer
um abraço!
Continuamos só nós,
sem laços.
domingo, 29 de agosto de 2010
Essa fada
Inesperadamente
Pousou na minha janela
uma fada
A confusão que eu sentia
Era a presença dela
passada
Não era fada-madrinha
Nem madrasta
Era uma fada-menina
Enteada
Filha do meu amor
Com a vida que eu imaginei
E que acabou por mim
adotada
Mal-criada essa fada
Não concedia pedidos
Só queria voar, desvairada
Queria tanto ser livre
Que acabou à própria liberdade
atada
A fada, coitada
Recebeu o amor desavisada
Se assustou e voou
Com a cara amarrada
Deixou a varinha e as asas
Deixou a alegria sem casa
Deixou-se levar, enganada
Deixou de ser fada
E hoje anda na rua
Do lado da gente
Caminha sozinha
Em qualquer calçada
Sem saber onde está indo,
Segue nunca sentindo
Nem amor, nem saudade
Nem nada
Pousou na minha janela
uma fada
A confusão que eu sentia
Era a presença dela
passada
Não era fada-madrinha
Nem madrasta
Era uma fada-menina
Enteada
Filha do meu amor
Com a vida que eu imaginei
E que acabou por mim
adotada
Mal-criada essa fada
Não concedia pedidos
Só queria voar, desvairada
Queria tanto ser livre
Que acabou à própria liberdade
atada
A fada, coitada
Recebeu o amor desavisada
Se assustou e voou
Com a cara amarrada
Deixou a varinha e as asas
Deixou a alegria sem casa
Deixou-se levar, enganada
Deixou de ser fada
E hoje anda na rua
Do lado da gente
Caminha sozinha
Em qualquer calçada
Sem saber onde está indo,
Segue nunca sentindo
Nem amor, nem saudade
Nem nada
terça-feira, 13 de julho de 2010
Faz tempo que eu quis
Mostrar pro mundo todo
O mundo que eu fiz
Mas que não chega a nem um triz
Dos mundos novos que surgem
Toda vez que tu sorris
Na praça do amor
Meu coração é a fonte
Mas meu olho é o chafariz
Quando não te tenho
Perco a identidade
Como um palhaço ao perder seu nariz
O que me diz?
Vem dançar comigo
O último tango em Paris?
Deixemos de inocência
Proclamei independência
Vem fixar residência
Vem ser capital do meu país
Pra sua voz ser meu hino
E o nosso amor ser mais lindo
E inconstitucionalmente feliz
Mostrar pro mundo todo
O mundo que eu fiz
Mas que não chega a nem um triz
Dos mundos novos que surgem
Toda vez que tu sorris
Na praça do amor
Meu coração é a fonte
Mas meu olho é o chafariz
Quando não te tenho
Perco a identidade
Como um palhaço ao perder seu nariz
O que me diz?
Vem dançar comigo
O último tango em Paris?
Deixemos de inocência
Proclamei independência
Vem fixar residência
Vem ser capital do meu país
Pra sua voz ser meu hino
E o nosso amor ser mais lindo
E inconstitucionalmente feliz
segunda-feira, 5 de julho de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
To indo!
Meu ponto de partida é sempre onde estou
Não tenho medo de desviar
Porque nunca sei
Pra onde vou
Não sei qual é o caminho
Nem procuro saber
Porque não existe caminho
Até o caminho aparecer
Vou sendo e indo
Pra onde quer que seja
Na direção que eu ando
Não é o destino
Mas sim o caminho
Que vou procurando
E assim não importa
Que rumo tomar
No fim da estrada e da vida
A graça é nunca chegar
Não tenho medo de desviar
Porque nunca sei
Pra onde vou
Não sei qual é o caminho
Nem procuro saber
Porque não existe caminho
Até o caminho aparecer
Vou sendo e indo
Pra onde quer que seja
Na direção que eu ando
Não é o destino
Mas sim o caminho
Que vou procurando
E assim não importa
Que rumo tomar
No fim da estrada e da vida
A graça é nunca chegar
domingo, 30 de maio de 2010
Filossofrida
Parmênides de Eléia
Comia patê ou geléia?
Me diz quem foi Medéia
Uma megera domada?
Ou uma doce mocréia?
Galiléia!
Galileu?
Newton morreu
E aqui estou eu
Caindo de novo
É grave, é idade
E a dor é aguda
Salve-se quem puder!
É clichê!
É chiclé!
É um Deus nos acuda!
Dez velas, mel e um galho de arruda...
.
Comia patê ou geléia?
Me diz quem foi Medéia
Uma megera domada?
Ou uma doce mocréia?
Galiléia!
Galileu?
Newton morreu
E aqui estou eu
Caindo de novo
É grave, é idade
E a dor é aguda
Salve-se quem puder!
É clichê!
É chiclé!
É um Deus nos acuda!
Dez velas, mel e um galho de arruda...
.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Couve-flor
A couve-flor
Não é flor
Nem couve
O que houve?
Quem se importa...
Não há alma desprendida
Da realidade torta
Tanto faz se quem vende
É feirante ou florista
Em qualquer tela de artista
Tudo é natureza morta
Não é flor
Nem couve
O que houve?
Quem se importa...
Não há alma desprendida
Da realidade torta
Tanto faz se quem vende
É feirante ou florista
Em qualquer tela de artista
Tudo é natureza morta
sexta-feira, 5 de março de 2010
Sou
Sou um mapa do que não existe
Um exemplo do que não se é
Um pedaço de poema estranho e triste
Num pedaço de lugar qualquer
Sou o retrato de um antagonismo
Um iceberg e toda a parte oculta
Sou o asterisco no neologismo
De uma canção que ninguém escuta
Sou uma resposta onde não há questão
E uma pergunta quando não se duvida
Sou reticência e interrogação
Insubordinadamente na vida
Um exemplo do que não se é
Um pedaço de poema estranho e triste
Num pedaço de lugar qualquer
Sou o retrato de um antagonismo
Um iceberg e toda a parte oculta
Sou o asterisco no neologismo
De uma canção que ninguém escuta
Sou uma resposta onde não há questão
E uma pergunta quando não se duvida
Sou reticência e interrogação
Insubordinadamente na vida
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Labor
Venho por meio desta
Manifestar meu profundo desapreço
Por qualquer atividade
Que careça de vontade
De abrir mão da consciência
Por qualquer que seja o preço
Pois não há plano de saúde
Nem auxílio-desemprego
Que reponha cada gota suada
E hora desperdiçada
A todo "dignificado"
Que vendeu o seu sossego
Pois que seja então dito
Apesar de qualquer preceito
O sofrimento é dispensável
É a conclusão razoável
Pois em Latim dor e trabalho
Se traduz do mesmo jeito
Manifestar meu profundo desapreço
Por qualquer atividade
Que careça de vontade
De abrir mão da consciência
Por qualquer que seja o preço
Pois não há plano de saúde
Nem auxílio-desemprego
Que reponha cada gota suada
E hora desperdiçada
A todo "dignificado"
Que vendeu o seu sossego
Pois que seja então dito
Apesar de qualquer preceito
O sofrimento é dispensável
É a conclusão razoável
Pois em Latim dor e trabalho
Se traduz do mesmo jeito
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